Nov 23, 2011

Livros de valter hugo mãe na próxima Feira!

valter hugo mãe (assina em minúsculas) nasceu em Saurimo, Angola, em 1971. Licenciado em Direito, pós-graduado em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea, vive em Vila do Conde (Portugal). Além de escritor e poeta, é editor, artista plástico e cantor.

Em 2007 atingiu o reconhecimento público com a atribuição do Prémio Literário José Saramago, durante a entrega do qual o próprio José Saramago considerou o romance o remorso de baltazar serapião um verdadeiro "tsunami literário".
Recebeu, em 2009, o troféu Figura do Futuro, atribuído pelo Correio da Manhã. Recebeu, em 2010, a Pena de Camilo Castelo Branco. Em 2010 recebeu a Medalha de Mérito Singular de Vila do Conde.

Publicou cinco romances, que estarão disponíveis na próxima Feira:

"o nosso reino"
Em 3.ª edição pela Editora Alfaguara (1.ª edição: 2004)

História de uma criança de 8 anos, contada na primeira pessoa, que vê o mundo e todas as coisas como manifestações da voz de Deus. É a aventura da candura e da ingenuidade através dos complexos meandros da fé e dos comportamentos humanos. Criado no seio de uma família extensa, o narrador vai assistindo ao esvaziar da sua casa e à dificuldade de explicar esse fenómeno à luz dos supostos desígnios divinos. Entre o profundamente terno e a delicadeza da infância surge uma necessidade de sobrevivência, um engenho maior do instinto humano que é sempre, neste livro, pautado pela necessidade de amar o próximo.


"o remorso de baltazar serapião"
Em 7.ª edição pela Editora Alfaguara (1.ª edição: 2006)
Vencedor do Prémio José Saramago

Aventura de baltazar serapião em reboliço nos seus amores pela formosa ermesinda, a moça com quem vem a casar e por quem se atormenta de ciúmes. Este é um romance de família e de viagem, em que o estigma de se ter um nome parece explicar à sociedade quem se é e que intenções se tem. Um romance que é também uma aventura de linguagem, procurando ficcionar um português antigo que, não o sendo de facto, crie a ilusão de estarmos ao tempo de uma Idade Média tardia, feita de alçapões morais e uma brutalidade primária, sobretudo cometida contra as mulheres. Este é um livro que procura ostentar o massacre a que historicamente a mulher foi sendo sujeita por uma mentalidade machista dominante.


"o apocalipse dos trabalhadores"
Em 6.ª edição pela Editora Alfaguara (1.ª edição: 2008)

A história de maria da graça e de quitéria, duas mulheres-a-dias e carpideiras profissionais que, a braços com desilusões e desconfianças várias acerca dos homens, acabam por cair de amores e, com isso, mudar radicalmente o que pensam e esperam da vida. Um romance sobre a força do amor e como ela se impõe como uma espécie de inteligência para salvar as personagens das suas condições de desfavor social e laboral. Passado na recôndita Bragança, este livro é um elogio à força dos que sobrevivem, dos que trabalham no limiar da dignidade e, ainda assim, descobrem caminhos menos óbvios para a felicidade.


"a máquina de fazer espanhóis"
Em 10.ª edição pela Editora Alfaguara (1.ª edição: 2010)

Um dos romances de maior sucesso no ano de 2010 em Portugal, consensualmente elogiado pela crítica.
No país dos silvas poucos serão os que escapam a pensamentos paradoxais de profundo amor pela nação misturados com uma ancestral dúvida sobre se não estaríamos melhor como cidadãos do país vizinho. Entre o dramático da vida, com a idade a descontar o tempo, e o hilariante da casmurrice e da senilidade, este romance é um retrato dos homens que perduram depois da violência mais fracturante.
É um retrato delicado e sensível da terceira idade, com o que acarreta de ideias confusas sobre o passado e sobre o presente.
Há, mesmo depois da tragédia, uma felicidade possível, como se para algumas coisas estivéssemos reservados, contra todas as expectativas, tristezas e frustrações acumuladas.


"o filho de mil homens"
Em 1.ª edição pela Editora Alfaguara (2011)

Esta é a história de crisóstomo que, chegando aos quarenta anos, lida com a tristeza de não ter tido um filho. Do sonho de encontrar uma criança que o prolongue e de outros inesperados encontros, nasce uma família inventada, mas tão pura e fundamental como qualquer outra.
As histórias do crisóstomo e do camilo, da isaura, do antonino e da matilde mostram que para se ser feliz é preciso aceitar ser o que se pode, nunca deixando contudo de acreditar que é possível estar e ser sempre melhor. As suas vidas ilustram igualmente que o amor, sendo uma pacificação com a nossa natureza, tem o poder de a transformar.
Tocando em temas tão basilares à vida humana como o amor, a paternidade e a família, O filho de mil homens exibe, como sempre, a apurada sensibilidade e o esplendor criativo de valter hugo mãe.

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